terça-feira, 2 de novembro de 2010

Eleição, Juizes, privatização...

Passados os dissabores da derrota, temos que seguir adiante.
Afinal, eleições se ganham e se perde (eu só perdi), mas a vida tem que continuar.

Como diz o ditado: “desgraça pouca é bobagem”, além de tudo não sabemos o que vai acontecer, pois nessas eleições o que não se discutiu foi ‘Programa de Governo”. Não vou tão longe, como as afirmações de alguns jornalistas do ‘Manhattan Connection’, do GNT, de Lucas Mendes, entre vários o Diogo Mainardi para quem a campanha só mostrou a feiúra do Serra, o mal humor da Dilma e o milagre de Celso Kamura (para eles o moço merece cargo de destaque do Governo por esse feito), ao reinventar o visual da Presidenta eleita.
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Neste feriadão tive a oportunidade de ler (apreciar) duas Sentenças proferidas por um Juiz (com J maiúsculo), sobre as quais e sobre o qual eu gostaria de ser bom de escrita para falar sobre isso.

Depois de mais de trinta anos de advocacia (embora sabendo que quase ou nada sei), convivi com todo tipo de Juizes e juizes. Juizes alegres, juizes mal humorados, Juizes educados, juizes arrogantes, Juizes imparciais, juizes nem tanto, mas eu respeitei e respeito todos, pois, embora nem a todos admirei, ou admiro, respeitei e respeito cada um até sempre. 

Mas, voltando às sentenças, só pra mostrar o que é sensibilidade, sem ser mofino, o que é ser humano e quase divino, ver a alma num quase supino, escreve o Juiz: “Este Juiz, no silêncio da madrugada em que escreve, lamenta ter proferido esta decisão, depois de tudo        fazer, como registrado  à f....., para que  tudo se resolvesse pela via do entendimento entre as partes. Frustrada a missão conciliatória, cumpriu-se o dever de julgar, mas é preciso deixar registrado, diante de um homem sem braço, para reflexão de todos, que, nestes autos, a conciliação se impunha, como puro e simples dever social.”.

Não são poucos os Juizes que trabalham até a madrugada, mas são raros os que, na madrugada, estão imbuídos de sentimentos a ponto de expressarem de forma tão nítida como, ao sentenciarem, estão vivendo a dor daquele ou daqueles a quem o direito e a justiça têm que, preferencialmente, não exclusivamente, ser administrada. Quem milita na área do Direito do Trabalho sabe de quem estou falando.

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Começou  a Era da privatização em João Monlevade.
Assunto que tomou algum tempo na campanha presidencial, com acusações de parte a parte, chegou concretamente em Monlevade.

Noticia-se que o Prefeito está propondo a venda de alguns terrenos do Patrimônio Municipal.
Sobre isso, me veio alguma dúvida. Embora não sabendo o teor do Projeto, sou obrigado a falar (escrevendo) que é preciso ficar atento.

Primeiro, como se justifica vender imóvel, se a previsão orçamentária para 2011 está muito acima da expectativa do crescimento econômico e fiscal, tanto do País quanto do Município? 

Estou dizendo isso, porque não há a possibilidade de se concretizar a alienação de tais imóveis ainda este ano, a menos de dois meses para acabar.

Segundo, que tipo de imóveis são esses? De uso comum? De uso especial? Dominiais?
Ora, para cada um desses tipos de imóveis, a lei trata de sua destinação.

Terceiro, precisa-se atentar para o que diz a Lei sobre alienação: “A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência.” (art. 17, I, da Lei nº 8.666/1993).Grifei algumas frases para melhor compreensão.

Como disse, não conheço o projeto, só a intenção. Mas, outra exigência, também, deve ser observada, a da Lei de Responsabilidade Fiscal, que veda a aplicação de receita da  alienação de bens públicos com despesa corrente. Fica aí o alerta para os Vereadores.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Décimo Terceiro dos Agentes Políticos

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais pôs uma ‘pá de cal’ sobre o tormentoso assunto envolvendo o pagamento do 13º subsídio aos Agentes Políticos. O Ministério Público, que também erra, deve abster-se de intentar novas ações contra as Câmaras que, amparadas em leis de fixação de subsídios, vinham pagando décimo terceiro subsídio ou décima terceira parcela, como queiram, aos agentes políticos, Prefeito, Vice e Vereadores.
O Acórdão do TJMG, tem o seguinte teor: “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - MUNICÍPIO DE POUSO ALEGRE - LEI MUNICIPAL QUE DISCIPLINA O PAGAMENTO DE 13º SUBSÍDIO AOS AGENTES POLÍTICOS LOCAIS - DIREITO SOCIAL GARANTIDO PELO ARTIGO 7º, VIII DA CF/88 - NECESSIDADE DE PRÉVIA PREVISÃO LEGAL - LEGITIMIDADE DA NORMATIZAÇÃO EM DISCUSSÃO - REPRESENTAÇÃO REJEITADA.”

Também o Superior Tribunal de Justiça, por meio de suas 5ª e 6ª Turmas, já vinha entendendo dessa forma, ou seja, havendo lei específica e votada antes da legislatura, o pagamento do 13º subsídio é Constitucional.

Eu sempre defendi esse pagamento. Sempre achei que a previsão do § 4º do art. 39 da CF/88, ao se referir em pagamento de subídio em parcela única aos membros de poder não excluia o 13º. Ora, se fosse assim, todos esses membros de poder, incluídos os exercentes de mandato eletivo, os ministros de Estado e os secretários estaduais e municipais , somente poderiam receber uma parcela a cada ano de seus subsídios. Totalmente sem nexo.
Portanto, entendo que todos aqueles que, embora constando em suas leis locais a previsão do pagamento do 13º subsídio, não vinham recebendo essa parcela, têm direito ao recebimento. Vou mais longe, se não vinham recebendo, têm direito ao recebimento dos valores pretéritos. Tô certo, ou tô errado?

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Meu Deus...

Meu Deus, arrumei um problemão. O Senhor vai me ajudar a sair 'dessa'. Eu, como um "Maria vai com as outras" vi todo mundo criando um 'blog'.  Criei um também e acabei me 'estrepando'. Agora, aperecem várias pessoas, por enquanto, todas amigas, falando deste tal de 'blog do Adilson'. Não bastasse a minha ignorância,  embora eu já dissesse que sou um mero escrevedor (mau escritor), ainda fui cair na besteira de ler o que escrevi. É claro, não poderia ser diferente, me esbarrei com um monte de erros.  Até ouve (do verbo ouvir) com 'h', eu descobri.
Bem que deveria ter um jeito de se instalar um corretor de texto, afinal, os jornais não têm a figura do 'revisor'? Nos Tribunais também tem.
Enquanto isso, lá vamos nós.
Voltando, uma das pessoas que eu soube ser conhecedor deste 'blog' é o Marcelo Melo (amado e odiado), por mim, amado.
Imaginem, o Melo é um dos mais versáteis jornalistas, arguto e de uma facilidade incrível pra escrever, o que ele não deve estar pensando, hein?
Sem falar do Dr. Sebastião (Taquinho), do Dr. Wilson Starling (Juninho), e outros (as)tantos amigos (as).
Por isso Senhor, espero Sua ajuda. Senão...
 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

qualquer um

Hoje tive o prazer de receber o primeio acesso ao meu blog. Meu amigo e respeitado advogado, Dr.Sebastião Eustáquio. Conhecidissímo como "Taquinho". Como bom observador e arguto escrevedor, me disse que eu errei, ao dizer que "escrever não é meu fraco", pois "meu fraco" deveria ser "meu forte". Na hora não interrompi a observação generosa do meu amigo. Mas acho que acertei. Quando, de forma inversa, que é comum, a gente dizer "meu fraco são as loiras", soa como a minha fala anterior, "escrever não é meu fraco". Tudo de forma figurada. "Tô certo, ou tô errado."
Tudo isso são figurinhas.
Certo é que, continuo acreditando numa virrada do Serra.
Mudando de "pau pra cavaco", fiquei sabendo que o Orçamento de Monlevade, para 2011, está estimado em, mais ou menos, 150 milhões. Olhem, se for verdade, há trambique no ar. Primeiro, pode ser para facilitar a realização de despesas somente utilizando recursos orçamentários, ou seja, empenha-se a despesa, mas não paga, porque não ha receita. Isso acontece muito. O Gestor realiza serviços, obras, ou festas,  porque tem dotação orçamentária, mas fica devendo, pois não houve a arrecadação prevista. Segundo, pode ser que, no nosso caso, como o Prefeito (zinho) mandou um novo projeto de Código Tributário à Câmara, sabendo que a Câmara (de faz de conta) vai aprová-lo, mesmo convicta de que o aumento da carga tributária municipal é um estrondo, aí vai haver uma arrecadação muito grande e o Povo "Óh".         

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Qualquer um

Estava comentando, como a administração pública de nossa Cidade vai mal. Nem mesmo se houve falar, mal ou bem, parece que há uma total apatia por esse assunto. Não tem coisa pior que o desprezo, que o descaso. É como se não existisse, ou, se existe, não faz diferença.
O Administrador público é um incentivador de seus administrados. Ele deve influenciar os meios de comunicação, fornecendo-lhes notícias das realizações, dos serviços, da gestão pública.
Com isso, é claro sem o apadrinhamento de alguns veículos, o povo assume o papel crítico do Governo.
Agora, ficar desse jeito, sem graça, sem entusiasmo, sem perfil, sem nada. Isso sim é um governo (com 'g' minúsculo) acéfalo. Me desculpem os menos ignorantes.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dificuldade

Ainda estou tendo alguma dificuldade para manusear meu blog. Espero aprender mais rapidamente. Afinal, apesar de minhas limitações, não vou desisitir.
Pretendo escrever, mesmo não sendo meu fraco, algumas de minhas experiências vividas nesses mais de 44 anos em João Monlevade, dos quais a maior parte foi na Administração Pública Municipal. Inicieri em 1971, na Administração de 'Pirraça" (1971/72),  a convite de David e Walter Lima, passando pela de Dr. Lúcio (1973/76, de novo 'Pirraça' (1977/1983). De 1983 a l988, estive na Secretaria de Indústria e Comércio, com o governador Tancredo, pelas mãos de Jorge Ferraz. Em 1989, voltei à Administração Municipal, com o meu amigo Juninho Starling, na Câmara Municipal elaborando a Lei Orgânica de João Monlevade, saindo somente em 31 de dezembro de 2007.
Depois detalharei essa humilde trajetória, com alguns fatos que podem ser considerados marcantes para JM, nesse período. Até.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Até que enfim

Sempre quis ter um blog. Somente hoje, com ajuda do Crânio (Cris), consegui.
Adivinhem o que vai sair deste Blog. Não vai ser como o Brasil se a Mulher ganhar a eleição. Deus nos livra.